Entenda como funciona um Poço Semi-Artesiano

A forma como funciona um poço semi-artesiano é um questionamento comum. Se você quer acabar logo com todas as dúvidas sobre o assunto, este texto é para você.

A demanda de poços artesianos está em constante crescimento e, junto com ela, as dúvidas relacionadas ao assunto também aumentam. Por isso, neste texto, você verá esclarecimentos sobre como funciona um poço semi-artesiano.

Existem três tipos de poços: os artesianos, semi-artesianos e mini-artesianos. Eles são uma espécie de poço tubular.

As diferenças entre eles são, basicamente, a sua profundidade e a necessidade de uma bomba submersa.

No caso do poço artesiano, ele não precisa de bomba, por conta de sua profundidade, enquanto o semi-artesiano e o mini-artesiano necessitam da ajuda de bombas para que funcionem de maneira correta.

O que é um poço semi-artesiano?

Poços semi-artesianos são poços que captam as águas do lençol freático. Apesar da profundidade desses poços, eles precisam de um equipamento que faça o bombeamento da água para cima, para que ela chegue até o local que precisa ser abastecido.

O conceito surgiu na região da França. A palavra “artesiano” vem do francês “artésien”, que significa “relativo a Artois ou Artesia”, que é o nome da região onde surgiram os primeiros poços artesianos.

Apesar desse acontecimento ter sido no século XII, existem vestígios de que os chineses criavam esses tipos de poços por volta de 5.000 a.C.

Qual o custo e o tempo de perfuração?

O valor de um preço é variável devido a alguns fatores, como o tipo de rocha que será perfurada, o volume produzido, se o nível da água é profundo, etc.

Ainda com todos esses fatores, a água não é tão fácil de ser encontrada. Em algumas regiões de São Paulo, por exemplo, é oferecida mais água superficial do que subterrânea. Por essa razão, é de suma importância realizar um estudo para que seja verificado o local certo para o projeto.

O valor, que inclui os projetos e a obra, fica entre R$100 mil e R$300 mil. Nessa conta, você também pode colocar o valor da manutenção anual, que fica entre R$4 mil e R$10 mil.

Apesar do alto custo, é bom não tentar fugir dele. Se alguns passos necessários não forem realizados, seu poço pode ficar prejudicado, com diminuição da produção e piora da qualidade da água.

Em caso de qualquer tipo de irregularidade, o proprietário pode responder por crime ambiental e pegar uma pena que varia de seis meses a um ano de prisão, ou multa.

Após todos os passos estarem em ordem, a perfuração é rápida. Ela pode variar conforme a infraestrutura e a geologia do local, mas, em média, é feita em quatro dias.

Vantagens de um poço semi-artesiano comparado ao poço artesiano tradicional

Poços artesianos não necessitam de bomba, devido a profundidade da perfuração, mas é necessário mais trabalho para que esse poço seja feito. Ambos os poços buscam as melhores águas e geram uma maior economia na hora da conta, mas quando se trata de praticidade, os poços semi-artesianos saem na frente.

Por precisar de menos espaço, seu tempo de perfuração também é menor do que o do poço artesiano tradicional. Outra vantagem é a economia nos equipamentos usados para realizar a perfuração.

Enquanto os poços artesianos são geralmente usados por empresas ou, até mesmo, um grande grupo de pessoas, os semi-artesianos se focam em grupos menores. Eles são bem procurados por quem busca fugir de um possível racionamento em épocas de seca. Pelo seu tamanho, o gasto com manutenção também é menor.

Como funciona o processo de perfuração?

Poço ao passar por um processo de limpeza. Fonte: Google Imagens.

Após o planejamento, é iniciado o processo de perfuração. Para que tudo seja feito de forma segura, é preciso que o poço esteja longe de possíveis contaminantes, como fossas poluídas ou depósitos de lixo. Eles também precisam estar a, pelo menos, 1,5 m de construções.

Depois de encontrar um local seguro para sua perfuração, escolha o melhor método.

Os poços, em sua maioria, são perfurados para fora, mas podem ser direcionados ou cavados. Eles são criados por meio de ferramentas de rotação ou esmagados com um cabo de percussão ou, ainda, cortados com jatos de água.

Quando o buraco já estiver pronto, é colocado um revestimento dentro do aquífero, que sela o poço contra contaminantes. Os poços se direcionam junto com uma ponta de aço em um cano perfurado, que está junto a um cano sólido, então se cria um furo maior que o cano. No final, é colocado no solo, quando penetra o aquífero com torções ocasionais.

As sondas de perfurações podem ser baldes rotativos ou hastes contínuas, e podem girar com equipamentos elétricos ou manualmente.

São usadas brocas rotativas para tornar o processo de perfuração mais fácil e bombear o cascalho para fora do poço. Dessa forma, é possível perfurar uma profundidade de 300 m, com furos que vão de 7,5 cm a 30 cm de largura.

Com o papel de bate-estacas, os cabos de percussão, junto com uma broca, se movem para cima e para baixo em um cabo que pulveriza o solo. Os cabos de percussão podem fazer o mesmo trabalho da broca rotativa, mas são mais lentos e mais caros. No entanto, eles atravessam materiais que podem atrasar o trabalho das brocas.

Após concluído, é inserido um revestimento que evita a contaminação da água pelos lados do poço. Ele fica selado com um material especial, que pode ser argila ou concreto. Depois disso, são colocadas as telas para que sejam filtradas a areia e o cascalho.

Então, o poço é tampado e uma bomba é usada para fazer o transporte da água.

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